O quão importante temos de ser na vida de alguém, para que as nossas escolhas, os nossos caminhos interfiram com a felicidade ou egocentrismo dessa pessoa. Será que se pode chamar sequer a isso ser-se importante, ou é apenas uma forma dessa mesma pessoa se desculpar com o facto de seguir cada passo que dás ao milímetro, como alguém que sofre de um distúrbio de alinhamento mental em que a única satisfação é saber e fazer com que as coisas girem em torno de si próprias com o propósito e desculpa da tua importância para elas. Não sei se nascemos com um destino marcado, como os crentes dizem, não acredito muito nisso, mas também não acredito que somos postos no mundo em vão, acredito que se aquele pequeno mecanismo biológico funcionou e estamos cá, então de alguma forma o nosso destino (se assim o quiserem chamar) será esse, estar cá. Tudo o que advém, é nosso, são escolhas tomadas mediante as oportunidades que nos são colocadas adiante. Se seguimos o caminho A, este de certo irá ter tan
Um suspiro aqui, outro ali. Todos os dias o mesmo desconforto, aquele aperto no peito e aquele pequeno terramoto que parece não se saber bem a origem pela qual surge. Todos os dias, algo que nos incomoda ou incomodou persegue, sobre formas que o nosso corpo transparece de formas incompreendidas. Mais um suspiro, e não sei bem porquê. Os pulmões estão cheios de ar, a traqueia não está a fechar, eu consigo respirar na perfeição. Inspiro. Ao meu redor tudo estremece, tudo anda à roda, numa roda de multitarefas diferentes que ainda não descobri o que são ou para o que servem ou para onde vão. Tudo parece estar prestes a ruir sobre mim, sinto a minha mão deslocar-se com força para o meu peito, dói, mas não sei bem porquê ou onde, só sei que dói. A casa rodopia à minha volta, a rotina mantêm-me activa e viva, e mata-me diariamente também. Sinto o bater do meu coração acelerado. Parece que vai explodir. Páro. Expiro. Tudo à minha volta, volta ao sitio, o corpo já não treme, e a casa já não va